quarta-feira, 22 de setembro de 2010

A calma




...São contos de amor...
desabafos de quem emana uma gélida solidão.
um inverno que que se passa mas não passa...
                                                  [gestos...
ilusões de quem brincou um jogo de nós dois.

Não, não são só contos de amor ( quem me dera só isso fosse )
È a tua falta................................................
Ela me embala, como quem nina o próprio desespero;
mas tudo se converte numa calma... e minhas pálbebras, por fim, dão o tom.

Já não fala meu interior [ soluça nas batidas de um certo coração ]
escuto em meu peito os segredos, os sonhos que ali ainda vagam
e quando caio no desatino de sonhar, eis que surge a escuridão de teus cabelos.
valso com o delírio e me vejo embriagado nos licores da solidão

Vago como um pierrô desatinado...e só,ainda valso na ilusão do negrume de teus cabelos
tateo o que não vejo, mas meus dedos, enxergam tua silhueta na escuridão...
eu sei que cada fios de meus lábios, tocarão a quentura morna dos teus,
e tudo o mais,será como uma calma que já não quer mais fim...só quer ser ela: a calma.

6 comentários:

Ly disse...

Deus meu! Como alguém pode tocar tão profundamente na alma de uma pessoa?

Lindos, intensos, como todos os versos que escreves.

Sentia falta de te ler assim,tão intimamente

Flora disse...

sempre encantada com cada texto seu.
sua Flor.

Ly disse...

Só pra vc saber que eu sempre passo por aqui e sempre me emociono com seus textos como se fosse a primeira vez que os lesse

Nubia disse...

Encantada com todo os textos.Eis um poeta ;)
Saudades desde sempre.
Beijos.

Unknown disse...

Simplesmente lindooo, assim como o teu dom de escrever!

Pollyanna Carvalho disse...

Essa nostalgia sempre me encanta...