quarta-feira, 22 de setembro de 2010

A calma




...São contos de amor...
desabafos de quem emana uma gélida solidão.
um inverno que que se passa mas não passa...
                                                  [gestos...
ilusões de quem brincou um jogo de nós dois.

Não, não são só contos de amor ( quem me dera só isso fosse )
È a tua falta................................................
Ela me embala, como quem nina o próprio desespero;
mas tudo se converte numa calma... e minhas pálbebras, por fim, dão o tom.

Já não fala meu interior [ soluça nas batidas de um certo coração ]
escuto em meu peito os segredos, os sonhos que ali ainda vagam
e quando caio no desatino de sonhar, eis que surge a escuridão de teus cabelos.
valso com o delírio e me vejo embriagado nos licores da solidão

Vago como um pierrô desatinado...e só,ainda valso na ilusão do negrume de teus cabelos
tateo o que não vejo, mas meus dedos, enxergam tua silhueta na escuridão...
eu sei que cada fios de meus lábios, tocarão a quentura morna dos teus,
e tudo o mais,será como uma calma que já não quer mais fim...só quer ser ela: a calma.